quarta-feira, 25 de julho de 2012

A importância do rock na minha vida

É o mês do rock, bebê.                            


Ah o Dia Mundial do Rock, esse dia gracioso em que todo mundo na timeline do seu Facebook virou roqueiro e postou milhares de vídeos e imagens relacionadas ao tema, mesmo que uma daquelas montagens do Mussum, que cá entre nós, já encheram o saco né? 

 Essa data foi assim denominada por que foi nela no já distante 13 de julho de 1985 que o músico Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra e na Filadélfia, nos Estados Unidos, com o objetivo era reunir uma grana para combater a fome na Etiópia. Participaram artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath. Por causa desse nobre gesto, esse dia ficou marcado como o dia do rock. 

 Nada mais justo para um estilo musical tão rico e tão diverso dentro de si. Acredito que o rock seja o estilo com mais subdivisões que exista, vamos citar alguns: Rockabilly, rock progressivo, punk rock, pop rock, heavy metal (que possui dentro de si milhares de subdivisões também). Todas essas correntes tem milhares de fãs, cada um cultuando determinada banda ou artista solo. 

 Eu tenho 25 anos e o rock faz parte da minha vida desde muito cedo. Através do meu pai, eu ouvi bem pirralinho, talvez com oito ou nove anos uma fita k7 (minha geração talvez tenha sido a última a conviver com esse tipo de armazenamento) do Black Sabbath, mas sem o Ozzy e sim com o Dio. Era o álbum "Dehumanizer" de 1992, que marcava a reunião do grupo depois de anos. Eu não fazia ideia disso, mas curtia o som dos caras. 

 Logo depois em 1995 eu conheci os Mamonas Assassinas, que faziam um rock bem humorado e cheio de duplo sentido, que eu só fui perceber anos mais tarde. Quando eles morreram foi uma enorme tristeza, fiquei anos sem escutar, mas hoje em dia estou bem resolvido quanto a isso. Alias, ouvir artistas e bandas de rock que já tinham falecido iriam virar uma constante na minha vida. dos nove até os 13, 14 anos eu só ouvia Cazuza (com ou sem o Barão Vermelho), Raul Seixas e Legião Urbana. Dos vivos eu ouvia outros expoentes dos anos 80 como os Titãs, Capital Inicial, Ultraje a Rigor e o Ira! De atual eu ouvia as bandas descentes que o rock brasileiro tinha naquela época, como Cassia Eller, Charlie Brown Jr. e principalmente Raimundos. 

 Foi mais ou menos nessa época que eu conheci a banda que é a minha favorita até hoje, seis coroas ingleses e um carismático zumbi chamado Eddie, o Iron Maiden me encantou desde a primeira música que eu ouvi deles, que foi "The Number of the Beast". Era a primeira faixa de uma coletânea chamada "Best of the Beast" que eu comprei em uma loja no Plaza Shopping, eu acho. Tinha visto e ouvido este álbum em uma festa de fim de ano do colégio e desde então fiquei na secura de comprar. Lembrando que no já distante ano de 2001 a prática de baixar música ainda não era muito comum, apelando pelo detalhe de a internet na época ser discada. 

 Então eu mergulhei de cabeça no mundo do metal, seja ele heavy, thrash, melódico ou nu. Conheci outras bandas e artistas sensacionais como Nightwish, Angra, Shaman, Edguy, Helloween, Hammerfall, System of a Down, Stratovarius, Deep Purple, Black Sabbath com o Ozzy (embora eu prefira o velho Madman em sua carreira solo) e o Sepultura. O primeiro show que eu fui na minha vida foi o deles, em 2003 no Canecão. Nessa época eu já estava em processo de bitolação avançado e só andava de preto e não ouvia mais nada fora do estilo. Sem contar o cabelo que já crescia desgrenhadamente até chegar a bater nas costas. Tentei aprender a tocar bateria e mais tarde baixo, mas nunca passei do nível básico.

 Essa fase durou alguns anos e foi perdendo força aos poucos, na proporção que eu fui abrindo a cabeça para outros estilos dentro e fora do rock, como as bandas de hard rock Aerosmith, Guns N' Roses, Bon Jovi e Skid Row e outros seguimentos como MPB, reggae, música eletrónica e o rap (sempre curti Gabriel o Pensador e o Tupac), entre outros. Digo que escuto de quase tudo... menos funk de 2000 pra cá e pagode. 

 Mas sem dúvidas o rock ainda é o meu estilo favorito. Descobri que ser roqueiro não é ter cabelo grande e só andar de preto, ser roqueiro é sentir toda a emoção de um solo ou um riff de guitarra e banguear, tocar air guitar, qualquer coisa que lhe faz sentir o som, respeitando sempre os gostos alheios.
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