sábado, 21 de setembro de 2013

A primeira noite de Rock no Rock in Rio (Parte 1)



Depois da primeira semana recheada de atrações do mundo pop, finalmente o Rock in Rio se rendeu ao estilo que faz jus ao seu nome, em grande estilo alias. No dia 19 a Cidade do Rock foi tomada pelos chamados “camisas pretas”, em sua maioria camisas do Metallica, a maior atração da noite. Mas o dia teve outras atrações legais, segue abaixo um relato de alguém que estava por lá. 

Sebastian Bach 



O quarentão ex-vocalista do Skid Row mostrou que ainda tem disposição e presença de palco em um show bem empolgante no palco Sunset. Começando pontualmente as 17h30 o show começou com algumas canções da carreira solo de Bach, pouco conhecidas da galera, mas que mesmo assim empolgavam. Preocupava os grunhidos meio agudos que ele mandava, mas o que se viu na hora em que os clássicos foram tocados foi a velha forma de sempre. Primeiro veio “18 and Life” cantada praticamente em uníssono pela plateia, “Monkey Business” não empolgou tanto assim, mas quando “I Remember You” foi tocada o público voltou ao êxtase, cantando juntinho com o Tião (como ele é carinhosamente chamado pelos fãs). A apresentação durou pouco mais de uma hora e fechou com “Wasted Time”, outro grande sucesso do Skid Row. 

 01-Slave 
02-Kicking 
03-Dirty 
04-Here I Am 
05-Big Guns 
06-Stuck Inside 
07-Piece Of Me 
08-18 and liffe 
09-AMH 
10-Tunnelvision 
11-Monkey Business 
 12-I Remember You 
13-Wasted Time 

Sepultura e Tambours du Bronx 



Quando Sebastian Bach e sua banda ainda tocavam “Waste Time” no palco Sunset, fogos de artifícios subiram aos céus no palco Mundo anunciando o primeiro show da noite ali, e esse show foi uma reparação do erro ocorrido na última versão do evento, quando o Sepultura que é simplesmente o maior expoente do metal nacional se apresentou junto com o grupo de percussão francês Tambours Du Bronx no palco Sunset. Nada contra os shows nesse palco, mas os grandes artistas merecem estar no palco principal do festival. Dessa vez tal injustiça foi com o Offspring no sábado passado, com o Sebastian Bach ontem e com o Helloween que se apresentará no último dia. Mas voltado ao show, as bandas fizeram jus ao esperado delas e fizeram uma grande apresentação cheia de energia. Clássicos do Sepultura como “Refuse/Resist”, “Sepultation” e “Territory” eram intercalados por músicas do repertório do Tambours, essa variação ajudou o pessoal da “rodinha” a descansar entre um petardo e outro, sem contar que o som meio tribal dos franceses realmente é muito bom. A apresentação de pouco mais de uma hora foi encerrada ao som de “Roots Bloody Roots”. O público ficou com gosto de quero uma mais, uma vez que não foram tocados hinos como “Atittude”, “Scape to the Void”, “Inner Self”, “Arise”, entre outras centenas... mas infelizmente o set teve que ser enxugado por se tratar de um festival. No entanto a galera se não saiu por inteira satisfeita, ficou feliz por ver a banda em alto nível. 

01. Kaiowas 
02. Spectrum 
03. Refuse/Resist 
04. Sepulnation 
05. Delirium (LES TAMBOURS DU BRONX cover) 
06. Fever (LES TAMBOURS DU BRONX cover) 
07. We've Lost You 
08. Firestarter (THE PRODIGY cover) 
09. Requiem (LES TAMBOURS DU BRONX cover) 
10. Structure Violence (Azzes) 
11. Territory 
12. Big Foot (LES TAMBOURS DU BRONX cover) 
13. Roots Bloody Roots


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Uma história de luta que se faz presente

Foto tirada no protesto em plena Avenida Amaral Peixoto, a principal de Niterói, na última sexta (14).

Eu nunca pensei que fosse viver para ver dias como esses... o povo finalmente saiu das Redes Sociais e foi as ruas mostrar a sua insatisfação, inicialmente com o aumento das passagens e depois com outros problemas estruturais do nosso País. Não que o Facebook e o Twitter não sejam importantes, muito pelo contrário, eles estão sendo fundamentais para abrir os olhos da população.

Câmara de Municipal de Niterói tomada pelo povo.

Dizem que as Redes Sociais são um mundo a parte, eu discordo desse raciocínio. Elas são uma forma de enxergar o mundo real de uma ótica de fato real, fugindo daquela informação mastigada e direcionada a alguma linha ideológica que os meios de comunicação costumam seguir. Nas redes você tem liberdade para saber o que você quer, não tem esses filtros que muitas vezes bitolam e consequentemente manipulam o povo .

O povo dando o seu recado também fora das redes.

As Redes estão sendo, assim como nos países da Primavera Árabe, a catapulta para o movimento nas ruas. Isso é: elas estão fomentando as ideias e também tem ajudado a organizar e principalmente a mostrar o que realmente tem acontecido nos manifestos. Mostrando a verdade dos fatos, algo que não pode ser visto na sua TV. 

Dessa forma estamos provando que não somos apenas filhos e sim a própria Revolução, batalhando para um futuro digno para a nação. Que as palavras de Cazuza, ditas há quase 30 anos durante o primeiro Rock in Rio, finalmente façam sentido.


Por um Brasil novo, com a rapaziada esperta.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Me organizando posso desorganizar....

"Foi mal ai, velho".

Demorou quase três anos, mas finalmente o exemplo deixado pelo povo egípcio finalmente atravessou o Atlântico e chegou as terras brasileiras. Talvez por vergonha de sempre aceitar as coisas como elas são e de apanhar e sofrer calado, o brasileiro tenha enfim tomado vergonha na cara e partido para a luta dos seus direitos. Se "organizando para poder desorganizar", tal qual como cantava Chico Science, desde o começo da semana milhares de protestos pipocam nas principais capitais do país com o objetivo de impedir o aumento abusivo no preço das passagens dos transportes públicos. 

Parece que aquela áurea dos protestos dos anos 60 e 70 contra a Ditadura transvestida de Revolução está pairando sobre esse protesto atual. Não vou citar os "caras pintadas" porque aquilo foi fomentado pela rede Globo para poder tirar do poder o presidente que eles mesmo ajudaram a eleger. Mas falando justamente na Vênus Platinada, ela e boa parte da mídia tem reagido muito mal a estes protestos. Fica evidente nas coberturas o quanto elas querem descaracterizar as passeatas, classificando como atos de vandalismo e etc e tal.

Okay, nem todos os protestos que estão rolando são pacíficos o tempo todo, sempre tem uma minoria idiota que acaba se exaltando e dando munição para esse tipo de crítica da mídia. No entanto, tem que ser registrada também a truculência com que os policiais estão tratando os manifestantes. É aquela velha expressão "tiro, porrada e bomba" infelizmente vista na prática. Cenas de covardia foram registradas como por exemplo, quatro guardas para conter uma mulher aparentemente desarmada em São Paulo, como você pode ver na imagem logo abaixo. 

Covardia - parte 1.

Mais patético ainda foi ver blindados, veículos criados para invadir lugares hostis como favelas infectadas pela criminalidade, sendo usados para "combater" (assim mesmo, entre aspas) os manifestantes. Isso só mostra o quanto o governo não está aberto ao diálogo e tenta calar a boca de quem se opõe a ele na base da porrada. Em um clássico jogo de intimidação contra o povo, ou seja, punindo seus representantes rebeldes como se quisesse dizer "olha o que eu faço com quem é contra mim". O pensamento na verdade é este, mas o discurso polido é de que estão apenas lutando pela paz e a segurança da população. 

Covardia - parte 2.

É triste ver que nem todo mundo embarca nessa e que bitolados por aquilo que veem na TV, criticam atos como esse. Só porque atrapalhou a sua volta pra casa ou então atrasou aquele seu cineminha. Um recado para você que pensa assim: o que esses "vândalos" estão fazendo é lutar pelos seus direitos, dos nossos direitos. Enquanto você não move uma palha para que as coisas mudem, eles estão lá dando o seu suor e infelizmente até o seu sangue para que você economize seu dinheiro na volta para casa ou então no tal cineminha. Se você não tem coragem ou realmente não pode participar dessa retomada da luta pelos direitos da população, por favor não atrapalhe. 

10 mil "vândalos" na avenida Rio Branco.



quinta-feira, 21 de março de 2013

Apurar é preciso...


As pessoas tem a mania de acreditar nas coisas sem muitas vezes procurar saber a veracidade delas. Foi o que aconteceu com o ex-bbb deputado Jean Wyllys, que teve sua imagem ligada a diversas declarações contra os cristãos no Facebook. Essas declarações foram espalhadas por páginas que se dizem religiosas, mas sem nenhuma fonte confiável, ou seja, não consta que elas foram ditas em nenhum canal de tv, jornal ou portal sério da internet.

O perigo disso tudo é que essas falsas declarações podem gerar uma antipatia desnecessária pelo cara, sendo que ele nunca falou tais coisas. Já dizia um velho ditado que "uma mentira repetida 100 vezes acaba virando verdade", traduzindo para o mundo das redes sociais: "uma mentira compartilhada e curtida 100 vezes no Facebook acaba virando verdade."

Veja abaixo o deputado se defendendo de tais acusações:



Por isso é sempre bom não se deixar levar por informações só de x, tem que procurar em y, z... o alfabeto inteiro se for necessário, praticar o exercício da reflexão sempre, como se diz no meio jornalistico, apurar a informação. Senão você será sempre feito de otário quem quer que seja (religiões, canais de tv, governos ou tudo isso junto).

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

The evil that men do....

O mal que os homens fazem vive depois deles; O bem que é muitas vezes enterrado com seus ossos".
(Willian Shakespeare em Julius Caesar)



 Quando eu estudava História, há alguns anos atrás no colégio, um dos meus temas favoritos era Ditadura Militar. Não conseguia entender como as forças armadas, criadas para defender nosso país poderia simplesmente dar um golpe de Estado e tomar a nação pra si e posteriormente governá-la a ferro e fogo. Na época da conclusão do meu curso de Jornalismo, pesquisei a fundo o tema para a Monografia e aos poucos fui assimilando melhor os motivos que levaram a este golpe. Por detrás do idealismo do nacionalismo pregado pelos militares, tinha o jogo mais asqueroso e recorrente na história da humanidade: o poder.

Sempre o poder, corrompendo as pessoas e fazendo com que elas façam coisas absurdas em prol dele. E se no indivíduo já tiver enraizada a maldade, ai a coisa fica ainda pior. Porque nesse caso os escrúpulos são ainda menores e a cobiça é apenas uma desculpa para a ruindade latente. E isso se torna visível nos diversos relatos de torturas contra estudantes e jornalistas no período entre 1964, quando foi instaurado o golpe, até o seu fim em 1984. Foram quase vinte anos (isso porque no fim as coisas estavam mais brandas) de sonhos interrompidos por homens truculentos a serviço dos temidos DOI-CODIs (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna). Que eram bases instaladas em todos estados brasileiros a partir de 1969 e que tinha a missão de coordenar e integrar ações dos órgãos de combate aos indivíduos e organizações que de alguma forma fossem contrários ao regime militar.

 Acima dele havia outro órgão repressor bastante conhecido, o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), criando em 1924, ele tinha o objetivo de controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder. Foi assim durante o Estado Novo de Getúlio Vargas e depois no Regime Militar. O seu delegado mais famoso foi Sérgio Fleury, que não media esforços para perseguir e torturar opositores do golpe. Foi ele o responsável pela morte do ícone da esquerda revolucionária brasileira, o baiano Carlos Marighella. No entanto, Fleury também foi responsável por um dos atos mais covardes e mais podre de todo o regime. No dia 14 de janeiro de 1974 a equipe do delegado capturou e torturou uma criança de apenas um ano e oito meses de vida. Isso mesmo, um bebê! Carlos Alexandre Azevedo era filho do jornalista Dermi Azevedo e da pedagoga Dercy Andozia Azevedo e foi jogado ao chão e mais tarde submetido a choques elétricos.


 Carlos Alexandre sobreviveu as torturas, mas desde então foi morrendo aos poucos, traumatizado pela bestialidade dos "homens da lei". Até que quase 40 anos depois, o rapaz cometeu suicídio com uma overdose de medicamentos. Pois fim a uma vida marcada pelo medo e por alucinações, como por exemplo o barulho que ele ouvia dos trens que passavam atrás da sede do DOPS.

 Agora eu me pergunto, como um sujeito pode participar de uma atrocidade dessas e depois ir pra casa, beijar sua esposa e filhos (porque sim, esses filhos da puta tinham família também) e depois colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz? É impossível acreditar que um ser humano tenha coragem de fazer isso, matar seu semelhante já é algo terrível, quanto mais torturar uma criança indefesa. É repugnante ser da mesma raça de seres assim. Que escondidos sob a bandeira da revolução, não passavam de covardes. O pior é que por causa da Anistia crimes como este ficaram impunes. Seria uma boa se a presidente Dilma conseguisse de fato instaurar a Comissão da Verdade e promovesse uma verdadeira caça as bruxas, chega de acobertar os crimes desses assassinos, que mancharam a história do nosso país com o sangue de milhares de jovens inocentes.

 Que isso sirva de exemplo para quem comete a asneira de falar que quer a volta da Ditadura Militar.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Uma triste constatação


Esse domingo amanheceu triste em todo o país. Lá do Sul, veio a notícia de que um incêndio na boate Kiss em Santa Maria-RS matou quase 250 pessoas e deixou mais de 100 feridos. Essa já é a segunda maior tragédia ocorrida aqui no Brasil, o primeiro é o do Gran Circus norte-americano em Niterói em 1961.

A maioria das vitimas eram jovens que sairam de suas casas sábado a noite em busca de diversão, assim como milhares de jovens em todo o mundo fazem sempre. No entanto um incêndio ocorrido por volta das 2h30 da manhã, durante uma imprudente apresentação pirotécnica por parte do vocalista de uma das bandas que se apresentaram no local, pôs fim a toda a diversão. No desespero de sair do local, que tinha poucas opções de saída de emergência, muitos foram pisoteados, sem contar os que passaram mal com o desespero de ver o fogo aumentar. 

Isso só mostra a situação de impotência que temos em relação a nossas vidas. De uma hora pra outra, tudo pode mudar. Do sorriso e da alegria pode vir a tristeza e a dor pela perca. Isso serve para nos mostrar que, ao contrário do que muitos pensam, não somos imortais. Muito pelo contrário somos frágeis diante da vida. É em eventos dessa proporção é que percebemos como somos minúsculos como grãos de areia. 

O que aconteceu lá na boate Kiss poderia ter acontecido com qualquer um de nós. Vide o estado de muitas boates e casas de show por ai. Resta a nós vivermos nossos dias com a intensidade necessária, não tão a mil, mas também não tão a 10, porque de uma hora pra outra podemos não estar mais aqui.

Que Deus ilumine e guie todos os mortos e feridos nesse triste triste incidente, além de seus familiares e amigos. 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Que histórias você vai ter pra contar?

Hoje vou inaugurar aqui uma nova sessão para colunistas convidados. É uma forma de me poupar o trabalho de escrever coisa nova de conhecer a forma que outras pessoas enxergam a vida. E pra dar o pontapé inicial, um texto da minha amiga, que já tem nome de escritora famosa, Alexia Cantreva



Do que a vida é feita se não de consecutivas coincidências nada por acaso? Uns querem enriquecer, outros encontrar o verdadeiro amor há até quem queira apenas impressionar sabe-se lá quem. Há os que estão sempre procurando uma aventura, seja ela nos braços de alguém ou naquelas aventuras que fazem você ficar só lembrando-se do quão louca ela foi.

Aventuras também podem se resumir àqueles momentos antes de dormir em que paramos pra idealizar inúmeros devaneios, criando situações e cenários que beiram a loucura. Mas qual a graça de se restringir aos pensamentos... não serão apenas pensamentos que você vai querer contar mais tarde, não são apenas delírios que você vai querer deixar de legados, queremos coisas pra contar que nos tenham feito delirar de tão prazerosas. 

História... é sempre bom ter uma pra contar, mas a experiência quem te dá boas histórias, ninguém quer ficar sentado em casa só imaginando, ok como eu disse isso faz parte, mas nada é melhor do que ver o mundo, sair dessa estagnação, dessa calmaria... eu quero encarar a tempestade só pra poder curtir a calmaria, quero conhecer lugares e pessoas, quero sentir todos os cheiros, sabores e sensações que a felicidade pode me oferecer. 

Quero sentir frio na barriga, medo e acima de tudo ter coragem, coragem pra deixar coisas pra traz, coragem pra me jogar de corpo inteiro e pra sempre me entregar pra nunca me arrepender de não ter feito tudo que eu poderia fazer. Quero ter amigos de todas as raças e de todas as fumaças, quero fazer uma tatuagem e quebrar algum osso. Enfim espero que eu não seja do estilo engravatado e esqueça de viver, gosto de grana mas também espero que ela não seja o meu único conforto. E concluindo a minha ideia inicial, quero histórias pra contar e muitas paixões de verão.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quando o fracasso sobe a cabeça


É impressionante como tem certo tipo de pessoas que para talvez se alto afirmarem para as outras ou para si mesmas, são capazes de ter atitudes completamente rudes. Baixando a bestialidade e sem argumentos convincentes, repetindo várias vezes as mesmas palavras.

Provavelmente você leitor não deve estar entendendo nada, porque diabos esse viado desse André está falando dessa maneira. Bem deixa, eu contextualiza-lo. Hoje quando eu voltava para casa, depois de mais um dia estressante de trabalho, peguei o ônibus de sempre ao lado do meu amigo Renan Barreto e quando tudo parecia seguir o roteiro de sempre... eis que alguém falou em um tom mais alto: "vamo bora, motorista"! Depois um outro homem aparentando ter uns cinquenta e poucos anos se levantou e foi reclamar com veemência.

Até ai tudo bem, nada demais alguém reclamar pelo atraso do ônibus. Eu mesmo estava insatisfeito, morrendo de fome, queria chegar logo em casa. O problema foi justamente os argumentos usados pelo cidadão ao reclamar com o motorista, chegando ao ápice de falar que por ter pago a passagem ele não poderia esperar mais ali. Ao ouvir que teria que esperar mais um pouco, o homem quis crescer pra cima do condutor e um bate-boca foi instaurado no recinto.

Depois de quase chegarem as vias de fato, pois o motorista não se deixou intimidar com o passageiro e aumentou o tom de voz também, mostrando que não estava também satisfeito de estar ali aquela hora (mais de 22h já) e aturar aquele mala. Alias, nem nós merecemos ficar ouvindo o revoltoso passar a viagem inteira reclamando, usando os mesmos argumentos sem base. Na cabeça desse sujeito ele havia contratado os serviços do motorista quando pagou a passagem e isso exigia chegar rápido em casa.

Analisando bem mais de perto o sujeito pude analisar aquele discurso típico de um fracassado, aquele que reclama de tudo e de todos e que acredita fielmente que o sistema está sempre querendo lesar ele. Como se o mundo girasse em sua órbita, mas girasse ao contrário só pra ferra-lo. É muito deprimente ver um caso como esse de um cara que deixou o fracasso lhe subir a cabeça. É uma forma covarde de encarar os fatos, em vez de apurar os dois lados das coisas, se esconder atrás da máscara do pobre coitado.

Desci do ônibus com a consciência de que nunca vou querer ser como aquele cara. Jamais pretendo me sentir vítima do mundo. Pelo contrário, pretendo sempre encará-lo de frente, por mais voltas que ele dê.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Se você é jovem ainda...



Janeiro é o mês dos aniversários, tanto deste abandonado amado blog (dia 8) quanto desde que vos escreve (dia 12). Somos capricornianos e isso quer dizer, digo, deve dizer alguma coisa. Porque eu não entendo nada de Astrologia, mas posso dizer que o Cavaleiro de Capricórnio era muito forte em Cavaleiros do Zodíaco.

É inevitável dizer que esse mês me traz diversas reflexões sobre a vida e também uma espécie de Vale a Pena Ver de Novo na minha cabeça. Como diria Tico Santa Cruz, eu penso no que faço no que fiz e no que vou fazer. E na versão 2013 desse processo vejo que não me arrependo de nada do que fiz até agora. Poderia ter feito algumas coisas de forma diferente? Poderia, mas não me arrependo do rumo que as minhas decisões me levaram. Por exemplo, poderia ter feito outra graduação e estar nadando em dinheiro agora, mas não me arrependo nem um pouco de ter me formado em Jornalismo e estar onde eu estou. Posso melhorar? Claro que posso! Ainda há muitos degraus pra subir e eu ainda estou no começo, tal qual um beato nas escadarias da Lapa.

Só uma coisa me preocupa um pouco. O tempo voa amor, escorre pelas mãos e parece que estou envelhecendo mais rápido. Minha adolescência demorou séculos, mas desde os 18 anos, parece que afundaram o pé no acelerador temporal e os anos vieram a mil. Já to na segunda metade da casa dos vinte e já já estarei batendo na porta dos 30. Isso é um pouco assustador, me faz pensar que a tal escada que eu falei no parágrafo anterior está desmoronando abaixo e eu tenho que subir "voado" para não ficar pelo caminho. Tenho que voar atrás dos meus objetivos antes que seja tarde demais. Sobre ficar velho, eu sigo uma máxima que conheço desde que eu era criança, difundida por uns jovens mexicanos....


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